terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Crítica: Trapaça (2013)
Olá amigos, como prometido aqui está a segunda crítica sobre um dos filmes indicados ao prêmio Oscar de 2014, o filme da vez é o tão aclamado pela crítica e indicado à 10 categorias no Oscar, Trapaça, de David O. Russel.
Trapaça tem uma temática parecida com O Lobo de Wall Street, ambos tratam de crimes financeiros e de pessoas ganânciosas. O enredo começa com a apresentação dos protagonistas Irving Rosenfeld(Christian Bale) e Sydney Prosser(Amy Adams), dois trapaçeiros que se conhecem em uma festa e se apaixonam. A partir desse acontecimento, os dois começam a praticar crimes de colarinho branco tendo uma alta porcentagem de lucro. Até que Richard DiMaso(Bradley Cooper), um agente de FBI consegue interceptá-los e prendê-los. Richard sente uma forte atração por Sydney e reconhece tanto o seu talento quanto o de Irving, assim o agente faz um acordo que com 4 prisões realizadas com o auxilio dos dois eles conseguiriam a liberdade. O problema é que Irving já tinha uma vida construída com sua esposa Rosalyn Rosenfeld(Jennifer Lawrence) e ela pode atrapalhar seus planos para conseguir sua liberdade e a de Sydney.
A palavra chave que envolve o filme todo é o seu título, Trapaça. Todos os personagens do enredo buscam formas de se sobrepor ao outro trapaceando. O filme tem bastante cenas em que um personagem tenta trapacear o outro, por meio de golpes, chantagens e até ameaças. Por isso, os personagens no filme são muito bem construídos, principalmente Irving, suas atitudes são a chave para a compreensão de todo o desenrolar da trama. Russel criou um filme em que o foco está na complexidade de entendimento de cada personagem, e que foi muito bem representado pela grande atuação dos protagonistas, em destaque para a personagem de Jennifer Lawrence, que aparece pouco no filme, porém rouba a cena toda vez que aparece.
O tema principal de Trapaça é a ganância, ganância por querer ter o amor de uma mulher, ganância por puro consumismo, ganância para tornar uma cidade melhor, ganância para ter sucesso no trabalho. Todos esses temas são apresentados no filme e as cenas que envolvem eles são espetaculares.O filme tem um enredo bastante inteligente e um desenrolar magnifico, porém por se preocupar tanto com o psicológico dos personagens, acaba perdendo o foco da história, na qual poderia ser muito bem mais trabalhada e explorada, na minha opinião.
A trilha sonora não é original, mas é impecável, realmente digna de Oscar. Os efeitos visuais são quase inexistentes, já que se trata de um filme com uma temática real. A fotografia é bem trabalhada e o figurino é espetacular. O monólogo de Irving assim como o monólogo de Jordan no Lobo de Wall Street é uma das partes fortes do filme, apesar de não durar todo o tempo de filme diferentemente do filme de Scorsese. Trapaça é um ótimo filme, com atuações excelentes e um grande enredo, porém não consegue ficar no mesmo nível que o filme de Scorsese, existem muitos detalhes que deveriam ser melhor trabalhados na história, além disso o filme foi muito superestimado na minha opinião, 10 indicações ao Oscar é demais para um filme tão pouco ousado. Mesmo assim, continua sendo um grande filme, um dos favoritos pela academia e a afirmação de Russel como um dos grandes diretores da atualidade.
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